segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Falando de educação

Infelizmente esta semana o governo tomará uma decisão muito importante, e como e mídia esta focada em "outros assuntos" as metas do governos e afundar definitivamente o sistema educacional de nossa nação.
Leia com atenção e entenda a lógica e protestem contra essa medida insana, que pode afundar ainda mais a nação!

As diferenças sociais e raciais no Brasil existem há aproximadamente 500 anos, desde esse período os líderes brasileiros trataram e tratam desse assunto com descaso. Para piorar a situação os investimentos feitos na área da educação são precários, ignorando o principal objetivo dessa que tem por finalidade preparar o estudante para se tornar uma pessoa capacitada a vencer todo e qualquer desafio.



O Ensino Superior pode mudar radicalmente, basta apenas a assinatura da presidenta Dilma Rousseff, para que uma em cada duas vagas em universidades federais pertença aos alunos da rede pública de ensino. Isso tudo seria uma decisão equivocada, para tentar ocultar erros muito maiores no sistema educacional brasileiro. A meritocracia seria substituída por um sistema de cotas, que iria beneficiar algumas etnias. Esse sistema parece ser uma decisão certa, pois provavelmente o projeto será aprovado, desde que não sofra vetos importantes.


Se houver a sansão presidencial, negros ou pardos, independente de seus respectivos desempenhos, terão lugares garantidos nas universidades federais brasileiras. Das 2400 vagas disponíveis nessas faculdades, 1200 seriam distribuídas por etnias. Das 2.341 instituições de ensino superior brasileiras, 59 seriam afetadas por essa Lei das Cotas, pode parecer algo insignificante, mas justamente essa minoria é o polo de descobertas cientificas e de conhecimento nacional.

Essa medida apoiaria o desleixo e a falta de interesse dos alunos das escolas públicas, além de colocar pessoas despreparadas em um lugar de intelecto elevado, obrigando algumas universidades a diminuírem o ritmo do ensino. Tudo isso para tentar resolver o descaso dos governantes com o ensino público brasileiro. O sistema de cotas é algo totalmente equivocado, que destruiria a meritocracia, onde você se esforça para obter regalias.

Outro fator interessante dessa decisão, seria que as universidades federais produzem 86% dos artigos científicos publicados internacionalmente, das dez instituições que mais emitiram pedidos de patentes, quatro delas eram universidades públicas. Com alunos menos capacitados adentrando no sistema público de ensino, seria perdido parte da força dessa potencia intelectual, que não é alcançado nem mesmo por faculdades particulares.

Se os governantes querem acabar com o monopólio de alunos de escolas particulares em universidades públicas, deveriam fornecer um ensino médio decente para poder fazer com que alunos de colégios públicos alcançassem com mérito as boas universidades. Mas como sabemos que os políticos brasileiros são preguiçosos, optaram por um método injusto e ineficaz para tentar omitir o descaso com os alunos brasileiros.


Outro grande erro nessa Lei das Cotas é que um dos meios para selecionar os que entrarão em universidades públicas seria por questões raciais. Isso é só mais uma amostra do racismo que circula entre os governantes brasileiros, já que jovens negros e caucasianos passam pelas mesmas dificuldades e merecem a mesma atenção. Se não houvesse preconceito, as pessoas nem sequer classificariam, dar cota aos negros é como julgá-los como incapazes de conseguirem alcançarem melhores condições com o próprio esforço.

Alunos pardos ou negros não conseguem alcançar boas universidades federais, graças a deficiência que sofreram durante o ensino básico e para resolver esse problema não adianta facilitar a entrada deles nas faculdades e sim melhorar o ensino, para que todos compitam de igual para igual com alunos formados em escolas particulares. 

A Lei de Cotas é uma atitude extremamente populista, que visa jogar o peso das distorções sociais nas universidades federais brasileiras. A Os governantes da nação canarinha continuam tomando atitudes precipitadas, para não investirem dinheiro na educação de base brasileira. Se o Brasil quer distribuir cotas, deveriam se apoiar em questões econômicas ao invés das raciais, pois brancos e negros sofrem todos os dias vitimas da pobreza, e se tivessem um ensino público de qualidade, conseguiriam competir por vagas de igual para igual com os alunos da rede particular de ensino.

Um dos maiores orgulhos da nação brasileira, que seria o ensino superior público, pode ser afundado numa atitude preguiçosa e populista. Estudantes tentam protestar e as estatísticas mostram como essa lei será nociva, mas para os políticos não importa o bem estar da nação e sim o quanto eles irão poupar se não investirem numa educação de qualidade. Por isso o Brasil sempre será um país do futuro, que sempre perde suas oportunidades de evolução. A meritocracia seria o melhor meio de eleger aqueles que devem ficar com as vagas nas faculdades, mas como o governo não consegue quebrar as barreiras sociais com um ensino de base eficaz, vai colocar alunos despreparados e frear o progresso do ensino superior brasileiro. Cota não é a solução e sim a educação.

Fontes: G1, Revista Educação (UOL) e X Tudo



"Por Luiz Araújo, no  Blog do dezporcentoja"

"Ontem foi a leitura do relatório do deputado Ângelo Vanhoni sobre o Plano Nacional de Educação. O texto já estava disponível desde segunda-feira. Tem muita coisa pra discutir e vou fazê-lo nos próximos dias, mas adianto comentários sobre o tema mais importante e mais polêmico, ou seja, sobre a redação na META 20.

O Projeto enviado pelo governo trouxe a seguinte redação:
Meta 20 - Ampliar progressivamente o investimento público em educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do produto interno bruto do país.

A sociedade civil provou por a + b que é impossível executar um PNE que enfrente a falta de acesso, melhore a qualidade e estabeleça um padrão mínimo de qualidade com este percentual. Em 2009 o investimento público estava em torno de 5%. Por isso, com apoio de inúmeros parlamentares foi apresentada uma proposta de que em 2020 o Brasil aplicaria pelo menos 10% do PIB na educação pública.

Durante todo o Mês de outubro e novembro o deputado Ângelo Vanhoni ensaiou apresentar o seu relatório com um percentual intermediário. No início de novembro chegou a vazar para a imprensa quer seu relatório viria com 8,29% e, finalmente, depois de infindáveis negociações com a área econômica do governo, o deputado apresentaria o percentual de 8%.

Na semana passada presenciei vários parlamentares que apoiam 10% já se conformando com este percentual menor, fazendo um discurso de que “foi o máximo que conseguimos”, ou “melhor 8% do que um veto presidencial” e outras pérolas do tipo.

O texto  que circulou de forma não oficial era o seguinte:
Meta 20: Ampliar o investimento público direto em educação de forma a atingir, no mínimo, o patamar de sete por cento do Produto Interno Bruto do País, no quinto ano de vigência deste plano, e oito inteiros e três décimos por cento, ao final do decênio.

Porém, para surpresa e indignação geral dos que lutam por uma educação de qualidade, este não foi o texto que aparece no relatório. Abaixo a versão oficial protocolada:

Meta 20: Ampliar o investimento público total em educação de forma a atingir, no mínimo, o patamar de oito por cento do Produto Interno Bruto do País, ao final do decênio.

Não é apenas uma leve mudança de palavras. É uma tentativa de ludibriar deputados e a sociedade civil. O “investimento público total em educação”, segundo o site do INEP, “compreende como Investimento Público Total em Educação os valores despendidos nas seguintes Naturezas de Despesas: Pessoal Ativo e seus Encargos Sociais, Ajuda Financeira aos Estudantes (bolsas de estudos e financiamento estudantil), Despesas com Pesquisa e Desenvolvimento, Transferências ao Setor Privado, outras Despesas Correntes e de Capital, e a estimativa para o complemento da aposentadoria futura do pessoal que está na ativa (Essa estimativa foi calculada em 20% dos gastos com o Pessoal Ativo)”.

Em 2009 o  “investimento público direto em educação” foi de 5%, sendo 0,98% feitos pela União, 2,04% pelos estados e 1,94% pelos municípios. Este tem sido o referencial de todo o debate de elevação do investimento no PNE. É este dado que está inscrito na Nota Técnica do MEC, nos discursos do Ministro Haddad e nas análises da sociedade civil.

Em 2009 o “investimento público total em educação” foi de 5,7% do PIB, sendo 1,2% executados pela União, 2,4% pelos estados e 2,2% pelos municípios.

O que o relator negociou com o governo federal é um acordo indecoroso e mentiroso. Ele não está propondo elevação do percentual de 7% para 8%. Pelo contrário, ele está propondo, na melhor das hipóteses, manter a proposta original do governo (7% ao final da década).

É revoltante assistir esta tentativa de ludibriar a opinião pública."
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